Categories: Lua de Mel

Onde o amor e a natureza se encontram

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 “Chiquita Bacana, lá da Martinica se veste com uma casca de banana nanica…” Se você tem mais de trinta primaveras provavelmente já cantarolou a marchinha do nosso eterno compositor, Braguinha. Pois é, no imaginário do brasileiro a Martinica sempre esteve ligada ao carnaval, mas poucos de nós sabemos sobre as belezas guardadas neste paraíso caribenho, onde o navegador espanhol Cristóvão Colombo aportou, em 1502, afirmando ser “a mais linda, mais fértil, mais doce, mais calma e mais charmosa ilha do mundo”.

Se para Colombo a Martinica representava o éden na terra, para o imperador da França Napoleão Bonaparte a ilha era o berço do amor, afinal, lá nasceu sua grande paixão, Josefina de La Pagiere. A ela o comandante francês se derreteu em dezenas de cartas apaixonadas, escritas enquanto liderava seu exército pela Europa. Não à toa, a imperatriz Josefina tornou-se a personagem mais ilustre da ilha, considerada por historiadores como a inspiração que impulsionou as conquistas francesas.

Fomos, então, descobrir os segredos que tanto encantaram Colombo e  Napoleão. A Agência de Desenvolvimento Turístico da França Atout France nos preparou um roteiro recheado de passeios e programas românticos para tornar inesquecível qualquer lua de mel na “Flor do Caribe”, como também é conhecida a Martinica.

Praias do sul

Pode-se dizer que a ilha divide-se em duas partes: o sul, com relevo suave e  coqueiros debruçados sobre praias brancas de águas turquesas; e o norte, com montanhas exuberantes, florestas e areias mais escuras devido à erupção do vulcão Mont Pelée, em 1902. Essa diversidade de paisagens em uma ilha relativamente pequena – 80 km de extensão por 34 km de largura – dá à Martinica um charme que não se encontra em outras regiões do Caribe.

 

Tivemos a sorte de conhecer as praias do sul durante o tradicional Martinique Yole Festival, evento que acontece anualmente em Sainte-Anne e é um grande encontro do povo e de tudo o que envolve a cultura local, especialmente a competição das coloridas embarcações que dão nome à festa.

Nos hospedamos no agradável Pierre & Vacances Sainte-Luce Resort, com seus belos jardins, campo de golfe e uma bucólica prainha. Lugar de muitas famílias francesas, atraídas pelas suítes que conjugam a independência de um apartamento com os serviços de hotel. Entre as atividades oferecidas no resort, vale fazer o mergulho com os instrutores da Okeanos Club e descobrir a incrível fauna marinha caribenha .

 

Já na região de Le François, um programa imperdível é conhecer as piscinas marinhas onde, dizem os nativos, a famosa Imperatriz Josefina costumava banhar-se. Aproveite o dia para almoçar na charmosa La Maison d`Hôtes de I`Ilet Oscar, logo ao lado, e deixe-se levar pela brisa e o balançar dos coqueiros. Se quiser ficar por lá, um casarão histórico do século XIX abriga quatro suítes irresistíveis para uma romântica noite ao som das ondas.

Outra pedida é retornar a Le François, jantar no Plein Soleil Boutique Hotel e pernoitar em seus aconchegantes quartos com piscina e vista para o mar.

A culinária na Martinica caracteriza-se pela união entre a sofisticada cozinha francesa e os ingredientes tropicais da gastronomia creoule. O boudin, por exemplo, um tipo de salsicha comum na França, e o acraa, espécie de bolinho de bacalhau regional, são quase obrigatórios como aperitivo de entrada nos restaurantes. No bistrô Le Zandoli, dentro do hotel e galeria de arte La Suíte Villa, em Trois Illets, essa combinação é um sucesso.

Já no descontraído Ti Sable, na região de Les Anses D-Arlets, os sabores agridoce das fusões entre frutas, peixes e carnes de porco fazem desse bufê programa irresistível para um almoço na praia com espreguiçadeiras e sombreiros à frente das mesas. Próximo dali, dê uma parada nos mirantes para a Rocher du Diamant, um marco turístico da ilha, especialmente no Anse Caffard Slave Memorial.

Montanhas do norte

Do sul começamos a subir as montanhas para conhecer o Balata Botanical Garden. Os jardins deste pequeno parque são maravilhosos e incrivelmente variados. É possível inclusive andar entre a copa das árvores por uma passarela suspensa e admirar toda a beleza da floresta tropical. Lugar perfeito para namorar e curtir um Caribe diferente. Visite também a Sacré-Couer de Balata, uma pequena réplica da Basílica de Montmartre, em Paris, e bem próximo ao parque.

Subindo ainda mais pela sinuosa estrada, chegamos a St-Pierre, antiga capital da Martinica arrasada pela explosão do Mont Pelée. É incrível ver as ruínas do que foi considerada a mais importante e luxuosa cidade de todo o Caribe, porta de entrada da França para a América, onde até mesmo a moda parisiense chegava antes de outras capitais européias. No pequeno museu Franck Perret, documentos relatam como a manhã de 08 de maio de 1902 virou noite e 30 mil pessoas morreram sufocadas pelos gazes e cinzas do vulcão. Em poucos segundos St-Pierre passou da Paris das Antilhas à Pompéia do Caribe.

Lua de mel em grande estilo    

De volta à região centro sul, fomos descansar no elegante M`Gallery Bakoua Hotel, em Pointe du Bout, local com grande concentração de bares e restaurantes. Instalado em um histórico casarão colonial, com quartos amplos, praia privativa e piscina suspensa com vista para a capital Fort de France, o quatro estrelas da rede Accor possui todos os requisitos para uma lua de mel com conforto e tranqüilidade. Mesma qualidade encontrada no Cap Est Lagoon Resort & Spa, em La François, nossa última e não menos prazerosa estadia na Martinica. Falar em luxo, natureza e boa cozinha já seria redundante em se tratando de um hotel da rede Relais at Chateaux, mas nunca é demais ressaltar estes atributos ao Cap Est.

Será um grande dilema aos amantes, por exemplo, decidir entre deixar suas românticas e bem decoradas suítes com piscina ou aproveitar o spa, a praia e as atividades náuticas na lagoa de águas transparentes que banha o resort. Pode-se dizer que o Cap Est resume o que a Martinica tem de melhor a oferecer a seus visitantes, ou seja, a sofisticação dos serviços e hábitos franceses combinada à descontração típica do Caribe, de sua rica natureza e de um povo sempre acolhedor e amável. De fato, Colombo e Napoleão tinham razão.


Curiosidades

♦ Cia Aérea: American Airlines. A rota mais rápida do Brasil para a
Martinica é via Miami, EUA, em voos semanais saindo de São Paulo
por cerca de US$ 1500.

♦ Passaporte: necessário

♦ Visto: necessário visto americano para escala em Miami, além de
seguro de viagem com apólice de 30 mil euros exigido pela França –
algo em torno de R$ 150.

♦ Moeda: Euro. O dólar raramente é aceito.

♦ Quando ir: de novembro a abril. De julho a outubro é o período
dos ciclones.

♦ O que levar: roupas leves, óculos escuros e protetor solar. Vinte e
seis graus é a temperatura média anual.


Nós recomendamos

Caroline & Tony | Paris, França
A Martinica é uma ilha mágica e de muita hospitalidade. Recomendamos o norte da ilha, Carbet e Fond St-Denis pelas festas descoladas e por ser menos turística que as as soberbas praias de areias brancas do sul. Na península de Caravelle, na região de Tartane, Anse I`Etang é uma praia linda e pouco conhecida. Em Fond St-Denis, o restaurante Kay Tijo é uma experiência gastronômica imperdível.

Lannette & Hadrien | Bayanne, França
A variedade de paisagens fazem da Martinica uma ilha muito pitoresca. Do sul ao norte, vemos praias de areias brancas, negras, flores, montanhas… Tudo isso em pouco tempo. Cuidado apenas com o sol, no entanto as chuvas eventuais sempre dão uma refrescada. Reserve um dia para ver o pôr do sol em Anse Noire, na região de Lês Anses D`Arlets.

Renata & Marcelo | São Paulo, BR
Escolhemos a Martinica por não ser tão turística e explorada por brasileiros. Foi uma de nossas paradas na viagem, somada a Santa Lucia e Barbados. A ilha é linda e muito charmosa. Nos hospedamos no Bakua, em Les Trois Ilets. Recomendamos o espaço La Puse, em Village Creole, ao lado do Pointe du Boat. Clima descontraído e ótimo para comer as iguarias francesas, tomar um bom drink ou só mesmo passear. Uma dica, vá à Martinica com o francês ao menos básico, pois muitos não falam ou entendem o inglês.

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