Um verdadeiro encontro de titãs, se nos permitem a referência. Assim foi a mesa-redonda Produção de eventos, que lotou o Teatro IC neste domingo, 20. Em sua 16ª edição, o IC Week reuniu ninguém menos do que Eugenia Guerrera, Raquel Abdu, Ricardo Stambowsky e Roberto Cohen em um bate-papo descontraído, mas recheado de informações.
Primeiro, uma dica aos organizadores de eventos: de acordo com Eugenia, facilita bastante o trabalho do decorador quando os noivos já têm esse profissional definido. Isso porque, quando há parceria entre eles, o cerimonialista já adianta o perfil do casal e fica mais fácil de entendê-lo na primeira vez em que eles se encontram.
“Saber um pouco sobre o que os noivos gostam ou não gostam é muito importante para fazer a festa ficar com a cara deles”, completou Eugenia
Raquel não poderia concordar mais. Nesta primeira reunião, ela também busca entender o estilo de evento desejado pelos noivos. Para quem vai se casar na praia, por exemplo, a ideia é trocar alianças com os pés na areia ou apenas com vista para o mar?
“O primeiro contato vai definir tudo. Toda a nossa relação – ou não. Pode ser o primeiro encontro e nunca mais”, completou Stambowsky.
Roberto Cohen foi além e lembrou que, nesta primeira interação, por vezes é necessário explicar um pouco sobre a própria função do cerimonialista. Isso porque, na época em que os pais de muitos noivos se casaram, esse cargo não existia.
Conduzindo a programação do Teatro IC, o jornalista Bruno Chateaubriand levou ao debate uma questão inerente à sociedade brasileira: a dificuldade de reduzir a lista de convidados. De acordo com Raquel, ela acompanha toda a etapa de preparativos.
“E nesse hora quem sofre são os pais porque o casal quer cortar os amigos deles. É tudo bem delicado e deve ser administrado com bastante cuidado”, complementa a cerimonialista
♥ Mudança de paradigma! Antes era comum que algumas pessoas fossem convidadas para a cerimônia, e não para a festa. Hoje isso mudou e, de acordo com Stambowsky, acontece com frequência da cerimônia ser mais íntima e não abarcar toda a lista de convidados da festa.
Um tema sempre polêmico – e totalmente em sintonia com a questão da lista de convidados – é a definição do orçamento. Unanimidade entre os profissionais da mesa-redonda, os noivos geralmente têm receio em falar abertamente sobre o quanto têm para gastar. O resultado é ruim para os dois lados: prejudica o trabalho dos fornecedores e dificulta o próprio planejamento financeiro dos clientes.
De acordo com eles, muita gente vai para a reunião com os supostos orçamentos de amigos na cabeça. Dizemos supostos porque, segundo Stambowsky, “todo mundo gosta de dizer que gastou menos do que realmente gastou”. Sua argumentação reforça a fala de Raquel, que enfatizou a importância de definir uma quantia confortável para o próprio casal.
“Antecedência também é muito bom. Permite à pessoa pesquisar, comparar preços e diluir os pagamentos”, complementou a cerimonialista, que também comandou um talk-show sobre casamentos na praia durante o IC Week RJ 2017.
♥ Mas e a crise? “Não estão acontecendo menos casamentos, e sim uma adaptação de comportamento. Quem fazia festa para mil pessoas, agora faz para 500. Quem ia colocar só champagne na festa, coloca espumante. E realmente os casamentos intimistas são tendência”, opinou Cohen.
Stambowsky concordou que a única forma de baratear é diminuir a lista de convidados porque a maioria dos serviços é contada a partir do número de pessoas que irá comparecer. “A solução é adequar dentro das possibilidades e dentro do custo. Às vezes uma festa mais cedo vai diminuir muito o preço. Casar de manhã corta a necessidade de iluminação, de dj e pista de dança, por exemplo”, completou Raquel.
“Dá para trocar um arranjo de flores por um arranjo lindo de folhagens. Velas também são mais baratas. Abra mão de todo o casamento ser um show e escolha por pontos específicos”, argumentou Eugenia.
De acordo com Cohen, o número máximo de convidados que os noivos conseguem cumprimentar durante a festa é de 300 pessoas. Ou seja: caso haja mais gente do que isso no evento, tenha em mente que será quase impossível falar com todo mundo.
Um dos motivos para isso é que hoje, no Brasil, já não há mais aquela fila de cumprimentos na saída da igreja. Como eles agora acontecem na festa, acabam durando mais.
“Tudo aquilo que a pessoa se mata para fazer sem poder. Ela não se identifica com aquilo, mas decide fazer porque viu em uma revista, por exemplo. Se você vai tirar o seu convidado da zona de conforto dele, já é out. Eternamente in é dar conforto a quem chamou para o casamento” – Roberto Cohen
“Hoje em dia não existem mais regras. Por exemplo: roupa. Não precisa ir vestido de certa forma. No Oscar você vê smoking sem gravata, por exemplo. In é fazer o que você está com vontade. Mas claro, sem forçar a barra!” – Ricardo Stambowsky
“Acho que vale adicionar uma pitada de bom-senso. In também é entender a proposta do evento.” – Raquel Abdu
“Desperdício também é out. Porque não é só a festa; você quer fazer uma viagem bacana e tem uma vida começando. É preciso ser consciente!” – Raquel Abdu
“Eu fiz um casamento com o Roberto agora em junho e, um mês antes da cerimônia, a noiva foi a uma cartomante. Ela disse que ia acontecer um imprevisto durante a festa, mas que ele ia ser rapidamente resolvido. Meu receio era um lustre enorme que havíamos colocado na decoração. Já o Roberto estava com medo dos pais do casal, que não se dava bem. Eu torcia para acontecer durante a festa e o Roberto torcia para acontecer durante a montagem. E realmente aconteceu um imprevisto: a noiva foi emagrecendo durante os preparativos e a estilista foi fazendo ajustes. Na hora da cerimônia, o vestido estava muito apertado e a noiva desmaiou. Mas tudo foi resolvido bem rápido mesmo! E o melhor de tudo: a cartomante estava na festa” – Eugenia Guerrera
“Eu tive uma mãe de noiva que me avisou de véspera que ia levar algo bem diferente e especial para as damas e os pajens levarem até o altar. Eu tentei argumentar que surpresa deveria ser só para os convidados e eu tinha que saber, mas ela não ouviu. No dia ela chegou com uma caixinha e disse que, no altar, as crianças abririam a caixinha e borboletas iriam voar. Mas era uma criança e no meio do caminho ela já estava balançando a caixinha. Na segunda ou terceira balançada, a caixinha abriu e saíram as borboletas, mas tinham muitas e elas prenderam até no cabelo das convidadas. Foi um horror!” – Raquel Abdu
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