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Casei, e agora? Psicóloga dá dicas de como se preparar para a vida a dois

por Redação IC
26 fev, 2021
Casei, e agora? Psicóloga dá dicas de como se preparar para a vida a dois

Manter a chama do amor acesa na vida a dois exige muita compreensão, respeito e adaptação

Se você se preocupa com os desafios da vida a dois, saiba que não está só. Após todos os preparativos e o grande dia de festa, é preciso lidar com a convivência intensa. Enquanto namorados, o casal já vai se conhecendo, mas é na rotina diária que conflitos podem surgir.
Segundo a psicóloga Valesca Moura, para uma relação mais harmoniosa é necessário priorizar três pilares: compreensão, respeito e adaptação. Construir uma vida ao lado de outra pessoa exige muito amor, é claro, e também muita responsabilidade.
Pensando nisso, separamos dicas valiosas para você se preparar para a vida de casado com mais tranquilidade. Aproveitamos para fazer algumas perguntas curiosas sobre a vida de recém-casados para a psicóloga. Confira!

4 dicas  para construir um casamento saudável desde o início

Ninguém se casa pensando em brigar. Embora desentendimentos sejam praticamente certos, podemos lidar da melhor maneira quando eles surgem. Construir uma relação saudável despende bastante força de vontade e muito amor. Anote as dicas para se relacionar melhor com seu parceiro:

Respeitar o parceiro

Dividir o mesmo teto nos faz íntimos a ponto de conviver com o melhor e o pior do parceiro. Algumas manias aparecem de forma intensa e, consequentemente, os conflitos surgem. É preciso que ambos estejam preparados para lidar, mais do que nunca, com os defeitos do outro. Vida a dois é para quem ama mesmo! Lembre-se que você também possui seus defeitos e que o parceiro tem qualidades. Uma boa dica é se afastar em momentos de maior animosidade e relembrar os motivos pelos quais se apaixonou.

Compreender as rotinas

Rotinas são saudáveis se forem dosadas com sabedoria. É preciso entender que rotina é diferente de script. A rotina é adaptável, ao contrário do script, que não pode sair do padrão para dar certo. A rotina do casal será construída aos poucos e dependerá de como cada um já levava a vida antes do relacionamento. Ambos precisam respeitar aquilo que já dava certo para si e refletir sobre o que é possível incorporar em seus hábitos ou não. Nesse caso, é importante entender que apesar da união, um casal é formado por duas pessoas diferentes, únicas e com suas próprias bagagens.

Levar vida de casado

Muitos se preocupam se vão conseguir manter a paixão dos tempos de namorado durante o casamento. Valesca alerta para a necessidade de separar os tipos de relacionamento: “Relação apaixonada de namorados é na vida de namorados. Na vida de casados, a relação deverá ser de casados.”, afirma. Mas é claro, que a relação matrimonial também deve ser cheia de amor e paixão. O casamento envolve elementos exclusivos da vida a dois e da rotina intensa. Isso demanda bastante afeto, cuidado e vontade para manter a chama da paixão acesa.

 Não se anular

Dividir a vida com outra pessoa exige muita compreensão e, às vezes, precisamos ceder alguns pontos pela boa convivência. Mas precisamos entender que não devemos nos anular em nenhuma relação, muito menos na vida de casado. Para evitar se anular, primeiro, é importante conhecer a si mesmo para avaliar se o que está sendo cedido é para o bem comum dos dois ou se fará bem apenas para uma parte. Anular é invalidar algo ou alguém e este não deve ser o desejo de ninguém para si, nem para quem se ama.

Os desafios da vida a dois nos primeiros anos

Dividir espaço, emoções, estresses, contas e responsabilidades certamente é desafiador. Há quem diga que o primeiro ano é o pior devido às brigas. Outros acreditam que são incríveis momentos de aprendizado e novidades. A psicóloga e Gestalt Terapeuta Valesca alerta para a importância do autoconhecimento e autorreflexão para lidar com a convivência e com as pressões de quem os cercam. Confira a entrevista completa:
IC: É verdade que o primeiro ano é o pior e o melhor ano de casamento? Como se explica essa ambiguidade?
VM: A verdade é que isso é questão de percepção. Quando falamos de convivência, pensamos também em adaptação. E ela é a principal ferramenta que o casal vai precisar para ter um bom início de relacionamento. Tendo uma boa adaptação, a convivência ficará ainda melhor. Além de mais leve para viver o “pior” que o primeiro ano possa apresentar, e também o “melhor” que o ano tem para oferecer.
IC: Como o casal pode lidar com as cobranças externas sem se sentir pressionado? Por exemplo, a fatídica pergunta “E o bebê é para quando?”.
VM: É preciso entender que essas pressões estão mais ligadas ao casal do que a quem pergunta. Isso porque nossas escolhas e a vida que demonstramos aos outros dizem muito sobre o que buscamos. Antes de questionar quem pergunta, deve-se refletir se o casal passa a imagem de que se prepara para ter um bebê. Um casal proativo, que escolheu aproveitar a vida viajando e descobrindo o mundo, provavelmente escutará menos este tipo de pergunta.
IC: Uma das principais dicas de casais que estão juntos há muito tempo é “saber ceder”. Você acredita nessa estratégia?
VM: Uma relação a dois precisa ser pautada por adaptações. Quanto maior a flexibilidade do casal, melhor o convívio será. Mas é preciso ficar atento para não se anular, nem anular o parceiro. O importante é refletir: “Se eu não pensei em fazer desta maneira, mas essa decisão trará benefício para ambos, por que não ceder?”.

IC Serviço

Valesca Moura da Costa
Psicóloga Clínica e Gestalt Terapeuta – CRP 05/63185
Tel: 21 999565801
Instagram: @psi.valescamoura

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