Nossa Casa Estúdio fala da importância da fotografia de casamento

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A responsabilidade de registrar um casamento é muito grande. Gilson Freitas, da Nossa Casa Estúdio, fala sobre cuidados ao contratar o serviço tão importante para esse dia tão especial.

Texto Renata Rodrigues
Quando se trata de casamento, sabemos que o que fica de herança é a fotografia e as lembranças. Como todo o evento é composto por momentos inesquecíveis, é importante pensar com cuidado na escolha do profissional que ficará responsável por eternizar todos esses momentos inesquecíveis.
Para conversar sobre esse assunto importantíssimo, Fabiano Niederauer conversou com Gilson Freitas, fotógrafo a frente da Nossa Casa Estúdio em uma live especial no Instagram. Para o fotógrafo, o álbum é uma peça de família que atravessa gerações, permanecendo na família para sempre.
Formado em Artes Visuais e busca trazer uma linguagem artística e estética para suas fotografias, resultando em um trabalho que traduz a personalidade de cada pessoa pelo seu olhar. Leia abaixo os melhores momentos desse bate-papo!

Inesquecível Casamento: Gilson, primeiro queria que você se apresentasse e falasse um pouco a Nossa Casa Estúdio para o pessoal conhecer um pouco mais sobre você. Hoje vamos falar de fotografia e da importância de escolher um bom profissional.
Gilson: A fotografia tem uma importância ímpar num casamento. Claro, todos os fornecedores têm essa grandeza de importância para que um casamento [aconteça]. As pessoas precisam entender que para que um casamento – que é uma festa tão complexa, apesar de não parecer para quem não está dentro do mercado, não conhece os meandros, os detalhes de se fazer uma noite como essa, um dia – a importância de se ter um time bom e unido por um objetivo, que é o sucesso do casamento, o sucesso daquele dia ali, para os noivos. E a fotografia entra nisso tudo justamente tornando eterno esse momento. As vezes parece meio óbvio a gente falar, mas é isso mesmo.
Não adianta nada (…) o casal investir num bufê maravilhoso, numa casa de festas maravilhosa, enfim, numa decoração, se a fotografia pode ser “ah, eu já vou ter convidado lá fazendo”. Infelizmente a gente as vezes ouve esse papo, e eu acho que depende muito de nós, profissionais do mercado de casamento, levar essa conscientização para os clientes. Acho que se os clientes estão não dando tanta importância para determinados fornecedores, cabe a nós mostrar para eles essa importância. (…)
E falando um pouquinho da Nossa Casa Estúdio, a empresa é bem nova na verdade, ela começa há 5 anos, no mercado de fotografia e logo entrou no mercado de casamento. Fotografar casamento foi uma coisa que veio surgindo ao longo do processo de criação da empresa. Quando surgiu nosso primeiro casamento, a gente foi se aprofundar muito! Pegamos com segurança, sabendo o que estávamos fazendo. (…) A gente estava preparado e a gente se prepara cada vez mais.
O que a gente preza muito aqui no Estúdio, e é uma das características mais fortes da nossa marca, e que a gente recebe esse feedback dos clientes, (…) é esse atendimento diferenciado. Esse acompanhamento com os clientes, com os casais, desde o momento que eles entram em contato com a gente, ligam pra nós para marcar uma reunião e tal. As vezes [passam] meses, anos até o dia do casamento… A gente está sempre junto com eles, acompanhando, perguntando… Para fotografia o casamento não é só o dia. Para nós o casamento não acaba ali.
A grande verdade é que para todos os outros fornecedores, ou talvez a grande maioria, acabe ali. O casamento talvez seja o fechamento daquele dia. Mas nós, fotógrafos e cinegrafistas, vamos para casa e vamos preparar todo esse material, com cuidado. Com o cuidado que ele exige, que não é pouco e não pode ser pouco. Porque aquilo ali não volta, não é brincadeira. Quando eu levo uma equipe para um casamento todo mundo está muito bem preparado, todo mundo é muito bem treinado e sabe o que tem que fazer antes, durante e depois da festa. Então, toda a forma como a gente leva os arquivos pra casa, trata, processa, entrega…
Gilson, você falou de equipe. Me fala um pouco a quantidade de profissionais que você envolve no dia do evento, para um casamento de 200 ou 300 pessoas.
Gilson: Para um casamento de 200 ou 300 pessoas, a gente leva três profissionais. Normalmente a gente leva dois profissionais sempre, no mínimo, que sou eu e mais um. Quando são casamentos menores, (…) com os eventos voltando, estamos tendo um grande boom de pocket wedding, mini wedding, e tal, então, a gente leva sempre no mínimo dois fotógrafos. Para um casamento de 200 e 300 pessoas, três. E assistente de luz, então assim, são três, quatro pessoas envolvidas ali naquele dia para que o casamento seja bem registrado. Todos os momentos, todos os ângulos, enfim. Isso é muito importante.
A gente sabe que o casamento não tem replay. Principalmente o momento que acredito que seja o mais tenso para o fotógrafo de casamento é a cerimônia. Fala um pouco desse momento para você, como você orienta a tua equipe para estar ali presente e não perder momentos importantes?
Gilson: A primeira coisa que eu faço antes da cerimônia, antes do dia, até mesmo quando a gente tá a caminho do local do casamento, enfim, é realmente pedir a concentração e a atenção de todo mundo. A tranquilidade de todo mundo, saber que a gente tá junto ali para fazer um bom trabalho, para gente se olhar muito. Acho que isso é uma coisa que os profissionais têm que ter: muita preocupação. E a gente tem.
Na hora do casamento, na hora da cerimônia mais especificamente, a gente procura se olhar muito, se entender muito. Até mesmo com a equipe de filmagem, por exemplo. E assim, normalmente eu fico atento a noiva, fico com a câmera voltada pra ela o tempo todo. O meu segundo fotógrafo, ele está em cima do noivo (…). É muito legal essa sincronicidade que tem… A noiva está entrando, eu tô focando nela e o segundo fotógrafo focando no noivo. Isso na apresentação, na hora que a gente entrega as fotografias, a gente também tem um cuidado de organizar as fotografias de uma maneira cronológica, de sincronizar a câmera de todos os fotógrafos, para que na hora que o casal receba essas fotos, eles vejam a história contada de diferentes ângulos. (…) Você tem ali uma diversidade muito grande de momentos acontecendo ao mesmo tempo.
E aí, quando tem um terceiro fotógrafo, peço para ele ficar nos convidados também, porque isso é muito importante a reação dos convidados, dos padrinhos, dos pais dos noivos. (…) Quando tem criança entre os convidados, normalmente dão umas cenas bem inusitadas, bem legais de registrar. Então assim, tudo isso colabora. Na hora da cerimonia, a noiva e o noivo não estão vendo o que está acontecendo ali. Tem uma explosão de sentimentos acontecendo dentro deles, eles estão emocionados. Estão um olhando para o outro e o olhar não está muito atento ao que está acontecendo em volta. Cabe a nós levar isso depois para eles. Procuro sempre fazer essa distribuição muito bem-feita da minha equipe para que depois o resultado seja bem positivo.
Como a gente falou, a fotografia é o que fica e isso é muito sério. É um trabalho que tem que ser valorizado. O vídeo é tão importante quanto, porque é um outro formato que mostra a recordação. Ele conta a história através do filme, o outro através da fotografia. Pode acontecer das equipes não terem tanta afinidade até no sentido da forma de trabalho. O quanto é importante saber quem você tá contratando também para o vídeo, entre fotografia e vídeo, para ter a sinergia de trabalho? Como você conversa isso com os noivos?
Gilson: Na Nossa Casa Estúdio, a gente é focado em fazer somente a fotografia. Nós não trabalhamos com vídeo, nós nos dedicamos somente, a especialização mesmo da fotografia. Só que temos parceiros que a gente indica, que a gente já está acostumado. Sempre quando um cliente procura a empresa e pergunta sobre isso, e fala que quer a filmagem, a gente sempre indica empresas que trabalham com a gente, justamente por isso. Por entender que essa sincronicidade entre as equipes é fundamental. Claro que assim, [se] vou entrar num casamento que nunca trabalhei com a equipe de filmagem (…) tenho uma conversa prévia com a equipe, entro em contato com a cerimonialista…
Você procura saber quem é para alinhar com essa equipe?
Gilson: Sim, exatamente! Eu procuro saber quem é, eu entro em contato com a cerimonialista, ou com a própria noiva as vezes. Eu envio uma lista pra ela, que ela vai me dizer todos os fornecedores dela. Ou para ela ou para a cerimonialista, enfim. Entro [em contato], bato um papo as vezes, pergunta como trabalha… Tem muito detalhe. Por exemplo, as vezes o cinegrafista gosta, é do estilo dele, trabalhar com as câmeras mais abertas, num formato mais aberto. Então, eu tenho que ter cuidado na hora que eu estiver me posicionando para não aparecer, para não vazar na filmagem… Porque para a foto é até muito mais tranquilo. As vezes alguém passa na frente ou aparece numa foto, posso até não aproveitar aquela foto e não me atrapalha tanto. Mas se eu vazo na filmagem, isso pode dar uma dor de cabeça para o cinegrafista. Então, é bom entender como trabalha.
Isso aí que você falou é importante. Enquanto você estava falando, estava visualizando a cena de uma empresa de filmagem com os fotógrafos aparecendo, tirando foto… Sabe que eu não acho ruim? Olhando de fora, fiquei pensando que demonstra que o casamento era de sucesso, cheio de cliques, fotógrafo de um lado, fotógrafo de outro… É uma maneira até de recordar também esse momento ali do altar. De repente, tudo depende de como a pessoa enxerga né?
Gilson: Claro, é uma linguagem também na verdade. Depende muito do trabalho de cada profissional.
Acho que sobre a linguagem, você trabalha até numa conversa com os noivos né? Você quer que eu conte uma história de forma jornalística ou você quer que eu faça um filme todo perfeito?
Gilson: Exatamente! A gente tem os tipos de filmagem, os tipos de foto, que é aquela coisa mais bastidores e tal. É um charme também, é um estilo. Trás essa questão do fotojornalismo, essa pegada meio publicitária as vezes. Tudo acontecendo, aquele movimento todo… E é muito bacana também. Mas tem uma grande diferença entre isso ser proposital e isso não ser.


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Uma noiva perguntou como fica a luz? A preferência é sempre natural ou ainda se usa luz em filmagem?
Gilson: Indo para o lado da filmagem, mas que também se estende a fotografia, hoje no mercado, a gente tem uma tecnologia de equipamento – e isso entra nessa parte mais específica do que os equipamentos aguentam. Por exemplo, as câmeras de filmagem, aguentam filmar em condições de pouca luz sem ter que ter uma luz externa, uma luz auxiliar, que fica aquele LED branco em cima da câmera e tal. E assim, é muito mais bonito… essa luz de cinema, onde o cinegrafista, o fotógrafo, vão captar a luz como estava no ambiente.
Indo para o lado de filmagem, também prefiro não gosto dessa luz de LED que se trabalha na filmagem. Mas assim, a gente até entende também que as vezes é um recurso. Mas é um recurso que daí a importância da gente ter bons profissionais que dominem bem o que estão fazendo. Que saibam tecnicamente o que estão fazendo. Porque mesmo se o lugar esteja mega escuro e precisou usar uma luz externa, ele vai usar de uma forma que não incomode os noivos, que não fique aparecendo aquele holofote que não fique no meio do espaço. Ele vai refletir em algum lugar. Vai rebater essa luz em algum lugar, pra deixar essa luz mais suave e não trabalhar a luz direta em cima do casal.
Isso tudo reflete na importância de você ter bons profissionais no casamento e de conhecer bem o trabalho. Pedir para ver o trabalho, perguntar como trabalha… Por exemplo, quando você vê uma filmagem de casamento, você consegue identificar quando é uma luz mais natural, quando é uma luz mais artificial. Você já vai se identificando por ali. Tem cinegrafistas que vão usar isso até como linguagem, aquela luz mais dura e tal. Mas assim, de novo, tem diferença de usar isso como linguagem artística e como usar porque o seu equipamento não aguenta pressão de filmar em baixa luz. Ou então você não sabe usar direito. Mas eu prefiro sempre uma luz mais natural, mais suave. Essa luz de cinema, enfim. Mostrar a luz que está na ambientação do casamento e tal.
Muitos noivos que vão casar contratam fotografia e não se dão conta de que depois do casamento eles tem que olhar muitas fotos a selecionar para fazer um álbum. Qual é o conselho que você dá para os noivos nesse sentido, da importância de escolher e selecionar logo essas fotos?
Gilson: A gente entrega as fotos, além de entregar pela nuvem de forma digital, entrega numa caixa de madeira, com um pen drive, vão algumas fotos impressas, uns mimos que a gente coloca, enfim… Porque acho que isso tudo não é uma bobeira. O casal está recebendo as fotos do casamento deles, que eles se prepararam tanto, que eles sonharam tanto, que eles estão tão ansiosos para receber.
Então assim, o que eu falo para os noivos é, no momento que vocês receberam as fotos, tudo bem, não tem aquele tempo? De repente recebeu no meio da semana, sei lá, numa terça-feira… Tenta pegar numa quinta, numa sexta-feira, separar um momento para o casal. Abre um vinho, abre uma cerveja, pega aquele pen drive, coloca na televisão ou no computador e vai ver as fotos… Torna isso um momento íntimo do casal, para vocês curtirem, para relembrar os momentos. E aproveitar e já dar uma olhada sabendo que vocês vão precisar escolher para o álbum, já marcando num olhar quais são as melhores fotos e tal.
Quando a gente entrega as fotos, eu costumo dividir em momentos do casamento: making of, decoração, cerimônia e festa. Isso já ajuda na hora que os casais vão selecionar as fotos. E eu falo com eles para fazer a mesma coisa, selecionem por etapas do casamento. Em vez de você ter que olhar mil fotos de uma vez, você olha ali 200 do making of, 100 de decoração, 400 da cerimônia e por aí vai… Então fica mais suave.
Mas, realmente é uma coisa que assim, o casal tem que entender que é bom que eles escolham o quanto antes. A gente agradece muito, porque realmente é complicado. Eu não sei nem se isso é um erro ou não. Eu não coloco no contrato, por exemplo ‘você tem até um ano para escolher as fotos do álbum do seu casamento’. Procuro ter uma relação bem de parceria e de conversa com os meus casais, então, quando eles receberem essas fotos, que eles escolham o mais rápido possível, até porque isso é bom pra eles. É o álbum deles, que eles adquiriram, ou os álbuns, enfim, que vai chegar mais rápido na casa deles para eles curtirem, para a família deles curtir. Então, é isso. Procurem ter esse momento para escolher as fotos, façam isso de um momento bacana…
E se eles demorarem a escolher, você sugere para você escolher por eles ou não?
Gilson: Não, não sugiro. Acho isso muito pessoal do casal. Até porque tem um detalhe: a minha visão vai ser mais estética do casamento. Por mais que eu tenha um envolvimento de conhecer a família, conhecer as histórias, enfim, o meu olhar por aquelas fotografias instintivamente vai ser um olhar mais estético. As vezes o casal quer colocar uma foto que tá mais posada, que eu não colocaria. (…) Nessa parte eu não interfiro mesmo. O álbum é uma peça do casal.
Você fotografa, entrega o digital. Tem que ter o álbum impresso? É uma coisa que você acha que tem que fazer?
Gilson: (…) O álbum é uma peça de família, ele atravessa gerações, fica na família para sempre. Então assim, para mim a importância do álbum impresso é essa. Hoje, com o advento das tecnologias, da digitalização das fotos, a gente tem isso [essa dúvida]. Antigamente, você tinha um filme, você era obrigado a revelar as fotos porque senão você não via as fotos. Mas hoje, com as fotos digitais, as pessoas relaxam um pouco nisso, nesse sentido de não dar tanta importância.
Tenho a impressão de que muita gente quer a foto digital só para postar no Instagram e depois até esquece que isso [o álbum] existe.
Gilson: É. É uma relação as vezes até meio impessoal com a foto. De não enxergar lá na frente. Exemplo, (…) eu tô noivo, vou casar e tal. A minha preocupação com o meu casamento, é claro que é pra mim, para a minha esposa, para a gente curtir as lembranças mas é também para o meu filho, é também para o meu neto, sabe? Eu quero deixar isso para eles. E tudo bem, eu posso mostrar as fotos no pen drive, posso mostrar na nuvem? Posso, só que eu acho que quando você pega a foto, ela deixa de ser uma coisa intangível. Você tá pegando a foto, está sentindo a foto naquele momento, isso traz uma relação diferente. Além da importância de você ter esse álbum atravessando gerações você tem essa relação física com a imagem, isso te aproxima muito mais daquele momento.
Vamos na questão prática. O que eles precisam saber na hora de escolher quem vai fotografar esse momento importante? O que tem que ser levado em conta? Coloca pra mim em pontos objetivos.
Gilson: Primeiro ponto é a referência do trabalho. É você buscar. ‘Ah eu abri o Instagram e gostei do trabalho da Nossa Casa Estúdio, do Gilson’. Beleza. Mas quem é ele? Com quem que ele trabalhou? Ter esse referencial do profissional no mercado. Ele entrega bem o trabalho? Ele é atencioso? Ele não extravasa prazos pra entregar? Cumpre o prazo de entrega das fotos? Então assim, conversar com outras noivas, com cerimonialistas, perguntar se já conhecem o trabalho. E se ainda não conhecem, as vezes não trabalhou, mas a cerimonialista por exemplo, que tá acostumada a participar desse universo, ela vai identificar se é um bom profissional.
Então, a primeira coisa é isso. Essa segurança de que o profissional está lá, ele tá atendendo, vai te atender bem. Que não vai fechar o contrato com você hoje e te procurar só daqui a um ano, no dia do seu casamento. E só falar com você depois na entrega das fotos ou então atrasar a entrega. Já ouvi tantas histórias de ‘profissionais’ que não entregam as fotos no prazo, que somem, que não entregam álbum… Isso é um absurdo. Acho que a primeira coisa é a referência.
O segundo ponto é você procurar se encontrar com esse profissional para conversar pessoalmente. Hoje a gente está com as videochamadas, enfim, ainda não está podendo encontrar pessoalmente… Mas recomendo sempre não olhar só para o profissional. Liga para ele. [Não só] vê o trabalho pela internet e ‘ah beleza esse preço tá bom pra mim vou contratar’. Isso pode gerar uma dor de cabeça, pode gerar uma insatisfação. Conheça o trabalho, sente a pessoa. Porque as vezes, mesmo o profissional tendo um trabalho muito bom, pode acontecer aquilo de ‘o santo não bater’.
A fotografia, como já falei aqui algumas vezes, não se resume só ao dia. Apesar de que esse dia para o fotógrafo começa cedo. Desde o making of da noiva e vai até o final da festa, de madrugada, muitas vezes. Qual o momento mais crítico que você vê, sobre a segurança do que você vai entregar para o teu cliente? O que nesse workflow é importante para você mostrar aos noivos?
Gilson: Primeira coisa é mostrar consistência do trabalho. É mostrar que não são só algumas fotos bonitas que a gente coloca lá no Instagram. O Instagram é uma vitrine, é a pontinha da pontinha do iceberg. Tem uma quantidade enorme de trabalho por trás. Então, por isso, também a importância da reunião presencial. É lá onde vou mostrar mais fotos, onde vou mostrar álbuns de casamento, que o cliente vai ver mesmo de perto o trabalho, analisar as fotos, me conhecer e tal. Então assim, e eu procuro também falar para o cliente a forma e como eu entrego essas fotos. O que eu faço, por exemplo, quando eu saio de um casamento.
Quando eu saio de um casamento é uma proteção absoluta com os cartões de memória por exemplo, que estão todos os registros ali. A minha equipe se separa. As vezes vai cada um em um carro para a gente ter essa segurança de não estar junto. Porque se acontecer alguma coisa com alguém, com um cartão e tal, enfim. Aquele momento é uma coisa muito séria, da nossa saída do casamento.
A gente vai chegar em casa, não importa a hora que seja, duas da manhã ou sete, eu chego em casa, ligo meus computadores, faço todos os backups, coloco tudo na nuvem pra garantir a proteção absoluta de todos os arquivos. Isso é muito importante para que assim, não tenha chance de dar problema com as fotos. E aí depois, conforme eu vou tratando, vou mostrando para o cliente esse processo. A gente costuma enviar em menos de uma semana, as vezes, uma grande seleção de fotos do casamento. Pegamos momentos bacanas e assim já fazemos um apanhado de imagens e enviamos para eles. Enviamos para os outros fornecedores também, para que eles também fiquem tranquilos. Para que eles matem um pouquinho da ansiedade de ver as fotos do casamento.
O quanto é importante ter um ensaio antes do casamento?
Gilson: Ensaio pré wedding é tudo de bom! Eu gosto muito de fazer. Primeiro porque eu, particularmente, curto muito o momento do ensaio, de estar ali com o casal. E é o que eu falo sempre pra eles, se puderem, façam esse ensaio pré porque é onde você vai, primeiro, quebrar o gelo com esse profissional. Você vai conhecer o profissional de perto ali, em ação, você vai ter essa experiência de fazer a fotos. A gente trabalha com pessoas que não são modelos, pessoas que muitas vezes nunca foram fotografadas, então ficam nervosas…
E também porque vai criando uma proximidade com o profissional, e o profissional também com os noivos né? O próprio profissional já testa ali qual o ângulo melhor, como a noiva se sai bem, como o noivo se sai bem… Já dá algumas dicas, para no dia já estarem até mais descolados para ser fotografado. Porque não basta só o fotógrafo saber clicar e dirigir, você tem que saber também se dirigir para a fotografia né?
Gilson: Com certeza. E falando dessa questão da segurança que o cliente vai ter sobre o sobre o meu trabalho, ele vai poder ver o resultado final do meu trabalho, que é o resultado do ensaio pre wedding antes do casamento. Então, ele fala, ‘po legal essas fotos. São lindas, o cara não me entregou um monte de fotos borradas e as vezes sem foco. Tecnicamente foi legal, gostei do resultado’. Então isso já tranquiliza também os casais no dia do casamento. Porque já não é uma coisa tão as cegas.
Porque assim, [quando] não me contratam para o ensaio pre wedding, só para o dia do casamento, vou chegar lá, o casamento vai acontecer eu vou fotografar. Mas meio que assim, eu não sei. Pode ser que as fotos não saiam tão boas quanto eu estava imaginando. E tendo esse ensaio prévio, esse resultado já em mãos antes do casamento, o casal já vê como que foi, já curte, já vê que o resultado foi muito positivo.
Muitas vezes a gente trata só com a noiva essa questão da contratação do casamento, não conhece muito o noivo. Só conhece o noivo mais pra frente e tal… Então, fazendo o ensaio pré, a gente já conhece o noivo também, já troca uma ideia, já não é um desconhecido la no dia do casamento. Então assim é muito legal. Fora a própria experiência do casal né, curtir um dia maravilhoso, ser fotografado, que é uma experiência muito bacana. Então eu recomendo sempre que faça um ensaio pré por conta de todos esses fatores ai.
Para finalizar, você tem alguma mensagem que você queira passar para as pessoas?
Gilson: Procurem realmente conhecer a fundo cada profissional que vocês estão contratando, isso é muito importante. Não é um simples dia, é um dia que vocês sonharam assim a vida inteira. Muitas pessoas sonham a vida inteira com isso, se prepararam durante anos, durante meses pra chegar no dia e dar tudo certo. É importante que os casais tenham um time bem preparado, trabalhando juntos para que o dia todo funcione muito bem.
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