Texto: Alessandra Pereira
A presença do bolo no casamento é tão significativa, que mesmo quando alguns casais não optam por realizar uma festa, incluem a iguaria acompanhada com espumante para os cumprimentos após o casamento.
Há várias tradições culturais onde o bolo de casamento é incluído, mas a mais remota informação sobre sua existência vem da Roma Antiga. Produzido como um pão adocicado e com ingredientes como amêndoas, mel, frutas e cereais, simbolizava a prosperidade desejada para aquela nova família que estava se formando. Ele era incluído nos rituais místicos, onde os convidados presentes quebravam aquele tipo de bolo na cabeça da noiva, para que ela pudesse sempre atrair sorte e riqueza.
Sempre sendo referência de prosperidade, na Idade Média os convidados levavam tortas para o casamento, para que fossem empilhadas uma sobre as outras e os noivos pudessem se beijar por cima do monte formado. Foi a partir dessa tradição que os bolos com andares começaram a ser produzidos e são utilizados até os dias atuais.
No século XVII até XIX, as noivas deveriam colocar uma aliança em um pedaço do bolo, que era oferecido ao noivo como símbolo de aceitação do pedido de casamento. Chamado de “torta da noiva”, ela era oferecida aos convidados presentes no evento para criar um círculo positivo ao casal. Era totalmente inadequado rejeitar o pedaço do doce, sob o risco de colocar em risco as boas energias do momento.
Em território Americano, a tradição indica que na base do bolo deve ser colocadas diversas fitas para serem puxadas pelas moças solteiras. Só uma dessas fitas terá em seu final um amuleto ou anel, que indicará a próxima noiva. Outro ritual, dessa vez para as damas de honra, é que elas devem levar um pedaço do bolo para casa e coloca-lo embaixo do travesseiro, para que possam sonhar como o futuro marido.
Do pão doce até os bolos atuais
Tanto o sabor quanto o formato dos bolos atuais foram aperfeiçoados na França do século XVII, através dos reinados de Luís XIV e Luís XV. Reconhecidos pela extravagância e luxo de seus costumes, as festas de casamento eram grandes acontecimentos de ostentação. O desenvolvimento da culinária da época produziu pratos sofisticados e muito requisitados até hoje, assim como o sabor, recheio e cobertura dos bolos de casamento.
Uma dessas criações culinárias para o bolo de casamento era a torre de profiteroles chamada de Croquembouche. Ainda bastante popular na França e símbolo de elegância, os profiteroles são recheados com creme inglês ou geleias, colados entre si com calda de caramelo. A perfeição da torre torna a sua produção um obra de arte culinária.
Desde essa ocasião, os bolos se tornaram vitrines de status social. Quanto mais andares possuíam, maior era o poder aquisitivo dos noivos e seus familiares, assim como a cor branca era fundamental para demonstrar a relevância daquele casamento diante da sociedade. Até meados do século XX, os bolos de casamento mais procurados eram recheados de frutas como ameixa e cobertura de glacê sempre branco, sem grandes variações.
A Rainha Victoria, da Inglaterra, foi a responsável por valorizar ainda mais todos os simbolismos do bolo de casamento e ainda incrementar os rituais. Chamada de Era Vitoriana, pela mudança de costumes que influenciaram todo o mundo, a cor branca do vestido de noiva também era acompanhado como a cor oficial do bolo. A cor atesta a pureza da noiva e sua virgindade, para que o casamento pudesse ser oficializado.
O corte do bolo também já passou por algumas alterações ao longo dos séculos. No começo, só a noiva poderia servir o bolo para os convidados, que não poderiam rejeitar o pedaço. Logo outras pessoas puderam distribuir as fatias, pelo aumento do número de convidados e a necessidade de tirar a noiva de mais essa tarefa durante o evento. Além disso, com o acréscimo das camadas de bolo, começou a ser mais difícil que apenas a noiva partisse o doce e o noivo foi incluído na missão, até que os pais, amigos e garçons foram tomando a frente da tarefa.
O fato é que o momento de partir o bolo sempre atrai a atenção de todos os convidados. É a hora que os noivos cortam juntos a primeira fatia, dão um pedaço para o outro e simbolicamente demonstram o amor e afeto que sentem. Há noivos que guardam o topo do bolo para congelarem e comerem no primeiro aniversário de casamento, mas essa prática está caindo cada vez mais em desuso.
Os bolos de casamento também sofrem a influencia da moda, já que a busca pela inovação é uma constante entre os noivos e cerimonialistas. Os confeiteiros estão sempre buscando algo diferente para apresentar aos seus clientes e não faltam novidades fresquinhas chegando.
Uma delas é a inclusão de bolos multiculturais, como o tradicional usado no Brasil, assim como a croquembouche fransesa, que é a torre de profiteroles entre outros. Distribuir bolos em vários formatos e sabores na mesa também tem sido considerada uma forte tendência par ao próximo ano.
A inclusão de frutas silvestres na decoração se mantém firme, mas as pérolas e detalhes metalizados estão conquistando mais espaço. Os casamentos mais clássicos podem incluir um bolo com esses adereços e cascatas de flores naturais ou de açúcar, enquanto os mini wedding estão trazendo um bolo mais simples, pequeno e mais minimalista na decoração, focando no “menos é mais”.
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