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Roteiro dos Faraós num cruzeiro pelo rio Nilo – 1ª parte

por Redação IC
28 out, 2019

O cruzeiro pelo rio Nilo, seguindo a rota dos Faraós, foi a viagem mais fantástica que fiz, nenhum dos belos lugares que conheci me empolgaram tanto. O rio Nilo atravessa muitos países, mas foi importantíssimo na história do Egito, por isso o historiador Heródoto disse que o “Egito é a dádiva do Nilo”, país que ocupa o deserto do nordeste da África, cujas terras férteis somente se encontram às margens do rio Nilo.
Fazer um cruzeiro sempre me deixa animada, mas navegar pelo rio Nilo, num navio cinco estrelas, com todo conforto e escalas em terras de templos e monumentos de até 3.100 a.C. foi algo incrível, fascinante!
Navegando pelo rio Nilo Foto Roberto Pereira
Salão do nosso navio no cruzeiro pelo rio Nilo Foto Roberto Pereira
Solário e piscina do nosso navio no cruzeiro pelo rio Nilo Foto Roberto Pereira
Detalhe da nossa cabine no navio Foto Roberto Pereira
Nosso cruzeiro começou na linda cidade de Luxor, onde embarcamos. Fizemos o check in e depois do almoço saímos para visitar o Templo de Luxor e o Templo de Karnak, ambos dedicado ao deus Amon, deus do vento.
O Templo de Luxor, que mede 260 metros de largura e , como já disse, dedicado a Amon (deus do vento), foi construído entre os anos 1400 a.C. e 1000 a.C. pelos faraós Amenhotep III,  que mandou edificar o interior, e pelo faraó Ramsés II, responsável pelo recinto exterior: fachada, os colossos e os obeliscos. Há uma coisa curiosa sobre este templo: é único monumento do mundo que contém documentos das épocas faraônica, greco-romana, copta e islâmica.
Templo de Luxor Foto Roberto Pereira
Existiam várias avenidas que faziam a ligação entre o Templo de Karnak e o Templo de Luxor. Karnak só foi descoberto no século XVIII,  durante mais de mil anos ele ficou escondido sob areia,  até hoje os arqueólogos e restauradores trabalham  no Templo erguido entre 2 200 a.C. a 360 a.C. Os monumentos de Karnak fazem parte do sítio histórico de Tebas e, sem dúvida, são o conjunto arquitetônico mais imponente do Egito.
Templo de Karnak em Luxor Foto Roberto Pereira
Escultura de Ramsés II no Templo de Karnak Foto Roberto Pereira
Jantamos no navio, no dia seguinte, logo após o café da manhã fomos conhecer o Vale dos Reis e o templo original da rainha Hatshepsut, depois fomos visitar os Colossos de Memnon, passeios imperdíveis!
O Vale dos Reis é um vale nas montanhas, na verdade um desfiladeiro, em que os faraós e alguns nobres, durante o Novo Império, entre os séculos XVI-XI a.C., foram enterrados, seus túmulos continham todos os objetos e jóias do falecido, pois acreditavam que eles poderiam precisar de seus pertences na outra vida . Majestosas tumbas foram erguidas e a  descoberta da primeira se deu em 1922 quando Howard Carter encontrou o túmulo de Tutankhamon com todos os tesouros com que ele havia sido enterrado. Tutankhamon não não foi tão importante na história do Egito Antigo, mas ficou conhecido porque o seu túmulo foi o único encontrado com todos os artefatos e riquezas dentro dele, atualmente estão expostos no Museu Egípcio, no Cairo.
Vale dos Reis Foto Roberto Pereira
A primeira impressão ao chegar ao Vale dos Reis não me entusiasmou, mas quando comecei a entrar nos túmulos escavados na rocha, fiquei estarrecida com a beleza das pinturas dentro delas. São quase 70 tumbas, nem todas estão restauradas porque a escavação ainda está em andamento.
É bom lembrar que as tumbas e os templos mortuários começavam a ser construídos muito antes da morte, anos e anos de trabalho, para tudo estar pronto quando os faraós ou alguns nobres falecessem.
Pinturas numa tumba de um faraó Foto Roberto Pereira
Pintura no teto e parede de um túmulo de faraó Foto Roberto Pereira
Roberto e eu entrando numa tumba no Vale dos Reis
Após visitar estes impressionantes e fantásticos monumentos fomos conhecer o templo mortuário da rainha Hatshepsut , único no gênero no Egito e considerado o templo de maior prestígio e valor nesta região. Hatshepsut  era a filha de Tutemés I, e foi a esposa real de Tutemés II e regente do seu enteado Tutemés III. Após a sua morte seu enteado destruiu tudo o que se referisse a  Hatshepsut, inscrições e estátuas, para  eliminar a  imagem da rainha.
Em 2007, arqueólogos identificaram a múmia de Hatshepsut, descobriram através de exame de DNA que ela morreu  por volta de 50 anos, era diabética  e usava esmalte preto e vermelho, incrível como podemos conhecer através da Ciência fatos ocorridos há milhares de anos.
Turistas no templo mortuário da rainha Hatshepsut Foto Roberto Pereira
Terminamos o passeio nos Colossos de Mêmnon, assim chamado o conjunto de enormes  estátuas, guardiãs do templo funerário do Faraó Amenófis III. Infelizmente o templo, que era um dos maiores da Antiguidade foi, completamente destruído devido às inundações do rio Nilo e também pelo vandalismo para retirada de quartzito.
e .Colossos de Mêmnon Foto Roberto Pereira
Voltamos ao navio que navegou em direção a Edfu, nossa próxima parada. Neste percurso vimos coisas interessantes, como os vendedores ambulantes no rio Nilo que amarram seus barcos nas cordas do navio e oferecem seus produtos para os passageiros, eles jogam dentro de um saco plástico e se o passageiro quiser ficar, entrega o dinheiro para um funcionário do navio que passa para eles.
Vendedores ambulantes no rio Nilo Foto Roberto Pereira
Antes de chegar a Edfu o navio passa pela comporta de Esna, onde fica parado esperando que o nível das águas do Nilo se igualem, porque há um desnível nesta altura do rio.
Comporta de Esna Foto Roberto Pereira
Na próxima coluna continuarei a matéria sobre o nosso cruzeiro pelo rio Nilo até Assuã, onde desembarcamos. Aguardem, vocês vão gostar!

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Redação IC

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