Já imaginou passar a lua de mel em Nice? A famosa Côte D’Azur é linda, banhada por um mar intensamente azul-turquesa e a maior e mais glamourosa de suas cidades é a bela Nice
Todas as regiões da França são perfeitas para uma viagem, mas algumas são mais perfeitas do que outras… a Riviera Francesa, também famosa pelo nome Côte D’Azur, ao sul, é linda e banhada por um mar intensamente azul-turquesa, daí o nome, “Costa de Azul”.
Há inúmeras cidades imperdíveis na região. Nesta matéria vou falar sobre Nice, local que reúne cultura e diversão. Trata-se do maior balneário da costa mediterrânea, sempre lotado de turistas do mundo inteiro.
Ficamos hospedados num hotel de frente para o mar na famosa Promenade des Anglais, “passeio dos ingleses”, assim chamada porque, no século XVIII, a aristocracia inglesa, para fugir do frio rigoroso, escolheu, pela beleza e pelo clima, esta cidade para passar as férias de inverno.
A partir de então, Nice foi se transformando num elegante balneário e assim se mantém até hoje, com hotéis de luxo espalhados pela cidade para receber ricos e famosos e hotéis com menos estrelas para todos nós, “comum dos mortais”, que também apreciamos o belo e o ótimo…
As praias da Riviera Francesa têm um lindo visual e a água do mar tem uma temperatura ideal na maior parte do ano, mas a areia não é fina e branca como as nossas. Elas são de cascalho, embora muito limpas e confortáveis, com barracas e cadeiras repousantes para quem se dispõe a pagar. Se você estiver hospedada num dos hotéis da Promenade, terá à disposição, de graça, todo o conforto na praia.
Muitos gostam de caminhar ou correr no calçadão em frente ao mar, onde também existem cadeiras para os turistas contemplarem a paisagem, folhearem uma revista ou lerem um bom livro.
Outra atração agradável para quem gosta de mar é alugar um barco, um iate ou fazer um cruzeiro de meio dia, o que sai mais barato do que passeios individuais.
Nice é muito mais do que uma praia famosa. A antiga cidade, o Vieux Nice, é charmosa com suas ruas estreitas de paralelepípedos e prédios em tons pastel lembrando a arquitetura italiana. Afinal, Nice era italiana e só passou a ser francesa em 1860.
No centro histórico há cafés animados, restaurantes ao ar livre, lojinhas com produtos artesanais e a bela praça, Place Massena, onde ficam as lojas luxuosas da cidade. Visitar as ruínas do Le Chateau, no Vieux Nice, é também um passeio interessante, se você tiver tempo.
A garotada ama brincar num grande espaço que tem 128 jatos de água. É muito divertido assistir à fuga de crianças e até mesmo de adultos, tentando escapar dos jatos.
Outra atração em Nice é a Catedral Ortodoxa de São Nicolau, a maior catedral ortodoxa oriental da Europa Ocidental. É muito bonita e igual às igrejas russas. Sua história é interessante: inaugurada em 1912, foi construída com a ajuda do czar Nicolau II, a pedido dos russos que fugiram para a França.
Apesar de ser reconhecido como um monumento nacional da França, após uma decisão judicial, em 2011, passou a ser propriedade da Rússia e está sob jurisdição do Patriarcado de Moscou.
Há muitos museus para se conhecer, mas considero imperdíveis o Musée des Beaux Arts de Nice, com obras de Delacroix, Gustave Courbet, Pablo Picasso e outros, o Musée Matisse de Nice, artista que inclusive morou em Nice, e o Musée de Marc Chagall, com pinturas que remetem a mensagens bíblicas.
Para quem gosta de fotografia, como é o nosso caso, há outro museu imperdível: o Thêatre de la Photographie et de l’Image, onde tivemos a sorte de ver uma exposição temporária, a retrospectiva de Steve McCurry, o fotógrafo americano de editorial e fotojornalismo que ficou famoso com a foto de 1984, “Afghan Girl”.
Há muitos restaurantes excelentes – afinal, estamos na França. Recomendo o L’ Aromate e o Flaveur, os dois com “estrelas” Michelin. Nice também é muito animada à noite, com cassinos, boates e casas de show sempre cheios de gente se divertindo, aproveitando a vida, como na música de Zeca Pagodinho, Deixa a vida me levar.
Foram dias felizes em que brincamos como crianças, dançamos como jovens e passeamos como um casal de idosos… dias inesquecíveis!
“A verdadeira arte de viajar
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo…” (Mario Quintana)
Gostou do texto? Veja outros artigos na coluna Viagem Inesquecível!