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Ilha do Marajó, um paraíso a ser explorado

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Redação IC

Conheça os encantos da Ilha de Marajó, seu povo hospitaleiro e – além de tudo – suas paisagens de tirar o fôlego!

Quando partimos com destino ao Marajó, eu sabia apenas que esta ilha fluvial é conhecida como a maior do mundo, fazendo parte do estado do Pará, sendo seu território quase igual ao do estado do Rio de Janeiro e situada no estuário do rio Amazonas, junto ao oceano Atlântico… recordando aulas de Geografia!

Jamais esperei gostar tanto do Marajó, afinal sou urbana e praia não é um dos meus programas prediletos, mas o Marajó superou todas as minhas expectativas: lugar rústico, com povo simples e hospitaleiro, praias esplêndidas, vegetação exuberante, lindos pássaros, enfim um verdadeiro paraíso, ainda bem preservado!

Fica a 1 h 30 de de lancha, partindo do porto de Belém até ao da cidade de Camará, no Marajó; pode-se também levar o carro, se for de balsa, a viagem sai, então, do porto de Icoaraci, a 20 km do centro de Belém, e leva 4 h 30 para chegar; para os que não fazem economia, há fretamento de avião de pequeno porte, para 4 passageiros que leva 40 minutos até o Marajó. Escolhemos a lancha por ser rápida e com bom preço, custo benefício perfeito, em Camará um ônibus de turismo super confortável, esperava os passageiros para levar, no nosso caso, até à pousada na cidade de Soure (mais 40 minutos), onde nos hospedamos.

A pousada Canto do Francês não tem luxo, como tudo no Marajó, mas é confortável, com wifi, ar condicionado split, TV e frigobar, roupa de cama e de banho limpíssimas, trocadas diariamente, e café da manhã com tapioquinha, queijo delicioso do Marajó, frutas, sucos e um pão caseiro muito bom, bem francês!

Para passear pelo Marajó preferimos contratar um guia de turismo experiente, o Sr Jedilson Figueredo, nascido no Marajó, que sabe de tudo sobre a ilha. Ele nos levou na sua van a todos os passeios que queríamos, durante 3 dias. Foi excelente, porque vimos muita coisa interessante e conhecemos praias maravilhosas.

A cidade de Soure é pequena, mas pitoresca, com seu mercado, lojinhas, igreja, seminário e até um campus da UFPA, com faculdade de Letras e Ciências Biológicas, encontramos por lá.


A Praia do Pesqueiro, em Soure, é a mais frequentada pelos turistas, porque tem boa infraestrutura, com redes e barraquinhas na praia com serviço de bar e restaurante, assim como búfalos para passeios.

Fomos também à exótica Praia de Barra Velha, atravessamos uma propriedade particular, depois de passar pela porteira da fazenda, para chegar à Praia dos Manguezais. Nunca tinha visto igual! A mata equatorial se encontrando com as águas do “mar” e, como a maré estava baixa, as raízes das árvores expostas como verdadeiras esculturas. À tarde os habitantes ficam à espera dos pescadores que chegam com seus barcos carregados de peixe para vender.


Visitamos as ruínas jesuíticas em Joanes, um vilarejo da cidade de Salvaterra, próximo à cidade de Soure, onde os jesuítas se estabeleceram no século XVII para catequizar os índios da região.

A Praia Grande de Joanes é muito bonita, com falésias e muita vegetação. A água, às vezes morna, às vezes fria, às vezes mais salgada, às vezes mais doce, é o resultado da mistura do rio Amazonas com o Oceano Atlântico. A praia é muito tranquila e vimos cavalos sendo treinados para competição e os búfalos passeando pela areia. Almoçamos em um restaurante em frente, com pratos deliciosos de peixe de água doce e camarão fresco. À tarde os habitantes, como na praia de Barra Velha, ficam à espera dos pescadores que chegam com seus barcos carregados de peixe para vender.

A capital mundial do búfalo é o Marajó, portanto há inúmeras fazendas na ilha. Visitamos uma delas, a Fazenda Mironga, do Sr Carlos Augusto, o Tonga, um senhor muito simpático que nos deu preciosas informações sobre a criação de búfalos. Provamos o melhor queijo de búfala que já comi e compramos este delicioso queijo por ótimo preço.

Não há como falar do Marajó e não citar o vaqueiro caboclo, mestiço de branco e índio. Este vaqueiro marajoara que trabalha nas fazendas de búfalo e que ganha salário, casa e alimentação. Juvêncio foi um vaqueiro marajoara que deixou saudades em Soure. Ele morreu em 2009 com 102 anos e era considerado um “encantado”, pois mesmo com a idade muito avançada, Preto Juvêncio, como era chamado, montava seu cavalo e proseava com todos, contando histórias do seu Marajó. Hoje em dia sua casa permanece como ele deixou e continua cultuado pelo seu povo, por representar a “maior referência da cultura cabocla marajoara”.

Mundialmente famosa é a arte marajoara, cerâmica das tribos indígenas que habitavam o Marajó entre os anos de 400 a 1400. Os arqueólogos não descobriram nem cidades, nem obras de arquitetura da civilização Marajoara, mas pela cerâmica encontrada foram capazes de reconstituir a história desta civilização. Atualmente artesãos locais produzem cópias, especialmente dos vasos, que são vendidos aos turistas. Visitamos uma das fábricas, a Artemangue, em Soure, do artista Ronaldo Guedes e foi muito interessante conhecer o seu trabalho.


O carimbó é um patrimônio da cultura marajoara. Assistir a este belo espetáculo de dança é uma maravilha! Outra tradição que permanece viva em Marajó é a dança folclórica do boi-bumbá nas noite estreladas de julho.
Ronaldo Guedes, o famoso escultor e ceramista, resume a cidade: “Soure se destaca por ter a natureza preservada, praias e paisagens exuberantes, um povo detentor de uma cultura milenar, culinária rica e a dança do caboclo marajoara: o carimbó.” É uma definição perfeita de Soure!

Agradecemos muito aos nossos amigos e compadres Clara e Luiz Penna de Carvalho e ao casal simpático e gentil que também nos acompanhou nesta viagem, Estella e Joaquim Negrão Rodrigues, que são os nossos mais novos amigos, eles fizeram parte dos dias alegres e despreocupados que passamos no Marajó, a bela ilha que nos deixou saudades e vontade de voltar!

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