Fotos Roberto Pereira
Chegar em Moscou à noite e ver a Catedral de São Basílio, a Praça Vermelha e o Kremlin iluminados foi uma emoção que não consigo descrever. Ter conhecido a Praça Vermelha e o Kremlin já justificariam nossa viagem, mas a Rússia é muito mais do que isso! Moscou, capital da Rússia, importante centro político, econômico, cultural e científico, é impressionantemente grandiosa, cortada por largas avenidas com belíssimos e bem estruturados museus e igrejas lindas com ricas cúpulas coloridas.
O mais conhecido cartão postal de Moscou é o que retrata a Catedral de São Basílio. Há 453 anos o Czar Ivan, o Terrível, mandou construí-la. Segundo a lenda, o czar ordenou que os olhos dos arquitetos que a projetaram fossem depois arrancados para que eles nunca mais pudessem criar algo tão bonito quanto a catedral. O interessante é que o interior da São Basílio não combina com o que vemos do lado de fora, é muito simples!
O Kremlin e a Praça Vermelha são realmente locais históricos imperdíveis, dedicamos dois dias para dar apenas uma “pincelada” na Igreja dos 12 apóstolos, no Sino do Czar, na Catedral de Assunção, no Arsenal e no Palácio do Kremlin, onde estão o Salão das Armas e o “Diamond Fund”. Tudo é imenso, grandioso!
O “Diamond Fund”, cujas peças valiosíssimas de joalheria artesanal, relíquias dos czares e gemas preciosas de rara beleza como a maior safira do mundo, o famoso diamante Orlov, e muitos ovos Fabergé, obras-primas da joalheria, estão expostas, deixou-nos extasiados . Infelizmente não se pode fotografar, nem celular entra nas salas de exposição, o controle na entrada é muito rígido, assim como em cada sala de exposição.
Depois da maratona da Praça Vermelha e do Kremlin, nos outros dias restantes, fomos, então, passear de barco pelo rio Volga, conhecer o Parque Gorki e a imponente Universidade de Moscou. Infelizmente não comprei com antecedência ingressos para o Teatro Bolshoi, uma pena não ter assistido ao balé!
Fomos de táxi a Tretakov Old Gallery. Vimos a coleção de ícones desde o séc XII e telas russas. Uma maravilha! Depois pegamos o metrô e fomos ao Novo Tretiakov, com obras da arte russa do séc XX. Eles são uma espécie da Tate Gallery, parece que tem ligação com a Tate de Londres. Tudo muito bem organizado, com ótimas explanações nos audioguias. Imperdível é andar de metrô e saltar nas estações, apenas para admirar sua beleza. É um passeio turístico por si só. Cada uma é mais bonita do que a outra, são, literalmente, obras de arte.
Em frente à Praça Vermelha, encontra-se o famoso shopping Gum, que na antiga União Soviética era o armazém do Departamento de Estado, onde o povo comprava mantimentos, artigos de primeira necessidade, etc. Hoje é um shopping de luxo em Moscou, com mais de 150 lojas e muitas de grifes famosas como Dior, DKNY, Empório Armani, Luis Vuitton, Calvin Klein, Guess. Fomos ao Food Hall, um supermercado ultra chique, com tudo de melhor do mundo e, claro, o caviar russo.
Moscou moderna é surpreendente, lá se encontra o novo centro financeiro da Rússia. Edifícios de arquitetura arrojada erguem-se no meio de antigos prédios, e, ironia, nos lembrou o “downtown” de grandes cidades americanas.
Aconselho a quem for a Moscou ficar em hotéis no centro, próximo aos principais pontos turísticos e, de preferência, de cinco estrelas, porque nesses hotéis há funcionários falando, no mínimo, inglês, o que nos permite obter facilmente informações sobre a cidade. Escolhemos o excelente Hotel Savoy, perto da Praça Vermelha, antigo, de estilo elegante e serviço impecável. Ficamos maravilhados na sala do café da manhã com o teto pintado à mão, fonte de mármore e móveis antigos, um luxo!
Um tabu foi derrubado: de que ir à Rússia tem que ser em excursão. Fomos por nossa conta, fizemos todos os passeios que queríamos e não tivemos nenhum problema. Moscou, cidade grandiosa, repleta de História, com seu povo educado e gentil, nos deixou boas lembranças e vontade de voltar!