Uma preciosidade histórica na Espanha perfeita para os que gostam de viagens repletas de cultura e belas paisagens. Conheça!
Granada, na região de Andaluzia, Espanha, é uma das belas e históricas cidades que foram dominadas pelos mouros no século VIII. Durante sete séculos os invasores permaneceram na Península Ibérica, neste período construíram grandiosos monumentos e deixaram um legado cultural riquíssimo. Granada foi a última cidade a ser retomada pelos cristãos em 1492 e nela se encontra a maravilha moura do Alhambra, sem exagero, uma das construções mouriscas mais espetaculares do mundo.
Quando estava preparando o roteiro da nossa viagem, uma amiga me disse que bastava conhecer o Alhambra que o passeio a Granada estaria completo… é quase isso!
Ante de conhecer a maravilha moura, percorremos o centro histórico, Albaícin, que fica bem em frente à colina do Alhambra, onde a presença moura é muito forte. Passear pelas ruelas labirínticas de pedra, admirando as casas com jardins em estilo mouro, foi um prazer, subimos lentamente a Carrera del Darro, à beira do rio Darro, olhando a imponência do Alhambra lá em cima.
Em Albaícin fica a Real Chancillería, de 1530, onde funciona a Corte Real, assim como a Igreja de Santa Ana, em estilo mudéjar, que é o estilo artístico da Península Ibérica na época dos reis católicos. Em Albaícin também ficam o Museu Arqueológico e El Bañuelo, bañuelos eram os banhos árabes do século XI, este é o mais velho de Granada e o mais bem conservado.
No centro de Granada visitamos a Catedral e a Capela Real, onde estão os restos mortais dos reis católicos, a Rainha Dona Isabel de Castela e o Rei Dom Fernando II de Aragão. A capela fica dentro da Catedral. No altar mor da Capela Real tem um belo retábulo de Felipe Bigarny. Esta obra é considerada um dos mais antigos retábulos da Espanha.
Enfim, chegamos ao magnífico Alhambra, é tão grandioso, tão belo, tão espetacular que diante dele os adjetivos não são suficientes!
Passamos o dia inteiro conhecendo o complexo do Alhambra (pronuncia-se alambra), um dos Patrimônio Mundial, que inclui os Palácios Nazaríes, a Alcazaba (século XIII), o Palácio de Carlos V (século XVI) e o Generalife. Queria ter me hospedado no complexo, no Parador de Granada, teria sido um sonho, mas, infelizmente, não consegui, estava lotado nos dias que passei em Granada. O Parador foi construído por ordem dos Reis Católicos para ser um convento e atualmente é um hotel com características peculiares, cheio de objetos de arte e mobiliário antigo.
Ficamos, então, num bom hotel no centro, o Hotel Hesperia Granada, fomos de carro até o Alhambra, mas conseguir estacionamento não foi fácil, a quantidade de turistas é imensa, aconselho a usar táxi ou ônibus, também pode-se caminhar até lá, são, mais ou menos, 30 minutos subindo a colina! Compramos online nossos ingressos, afinal, sempre é mais prático, e, além disso, há um número limitado de visitas por dia. É muito importante não esquecer de no momento da compra escolher o horário em que se pretende visitar os Palácios Nazaríes, o conjunto das construções mais belas e o ponto alto da visita, em que só se entra com hora marcada.
O Alhambra foi o apogeu da arte mourisca, erguido pelos califas Ismail I, Yusuf I e Muhammad V, da dinastia Nazaríes. Como não queriam mostrar o declínio de poder, ergueram o que chamaram de “paraíso terrestre” com materiais de baixo custo, como o gesso, a madeira e o azulejo, trabalhado de maneira magnífica, o mármore também foi usado, mas de maneira parcimoniosa.
O complexo dos Palácios Nazaríes que de início era uma fortaleza, depois se transformou em residência oficial da dinastia Nazaríes. O grandioso salão, o Salón de Embajadores era o local das recepções oficiais e nele está o trono. Suas paredes são ornamentadas com poemas, louvares a Deus, textos do Corão, e outras inscrições.
Outro destaque dos Palácios é o Patio de los Leones, no centro dele há uma fonte em que 12 leões de mármore servem de apoio e ao redor 124 colunas também de mármore sustentam as arcadas.
O edifício mais antigo de Alhambra é o Palacio del Partal, dele restou muito pouco, apenas um pavilhão e um pórtico.
Alcazaba, era uma fortaleza, construída no século XIII pelo sultão Alhamar, é a parte mais antiga da Alhambra. Restaram as suas muralhas e várias torres, a Torre de la Vela é a mais importante e mais alta, pode-se subir nela por uma estreita escada que leva ao terraço, de lá se tem uma linda vista.
O Palácio de Carlos V, construído em 1526 por ordem de Carlos V, neto dos reis católicos, modificou a arquitetura do complexo, pois seu estilo é maneirista renascentista. Nele encontra-se um acervo da arte hispano islâmica, cujo centro de atração é o jarro do Alhambra.
Generalife é uma palavra que, segundo alguns historiadores, traduz-se como “jardim do paraíso elevado” foi uma vila rural com jardim mouro, horto e a casa, construída na dinastia Nazaríes para ser um lugar de repouso e lazer para os califas de Granada quando queriam fugir dos problemas e dos compromissos oficiais. Ao longo dos séculos o Generalife foi sendo modificado e hoje nele estão os Jardins Altos, assim como o Patio de Generalife, o Patio de la Acequia, o Patio de los Cipreses, o Patio de Polo, estes jardins são considerados os mais bem preservados jardins mouros da Espanha.
No verão acontece o Festival Internacional de Música e Dança no Alhambra ou no Generalife, no qual há espetáculos de música erudita e balé. Se pretender visitar Granada nessa ocasião é melhor confirmar a data do festival e reservar tudo com antecedência, pois a cidade fica lotada de turistas de todos os cantos do mundo.
Eu amei conhecer Granada, cidade que além do magnífico Alhambra, tem muitas outras atrações, como vê-lo iluminado à noite do alto do Mirador de San Nicolás ou fazer compras na Calle de las Teterías, no bairro árabe do Albaicín, esta rua na verdade se chama Calle de la Calderería Nueva, mas como tem muitas casas de chá, assim é conhecida. Comer bem é tradição na Espanha, em Granada melhor ainda, pois existem muitos restaurantes árabes, nos bares da cidade qualquer bebida é servida com uma “tapa” de cortesia, tradicional tira-gosto espanhol. À noite há música ao vivo nestes bares, a animação total até altas horas da madrugada.
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