Categories: Viagem Inesquecível

A Exótica Marrakech

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Redação IC

Marrocos é o paraíso dos fotógrafos pela sua beleza exótica, pelas suas cores, pela sua cultura e pelo seu povo. Não há como ficar indiferente à diversidade de sua paisagem e ao contraste entre o moderno e o tradicional! Começamos nossa viagem por Marrakech.

O Aeroporto Marrakech-Menara é pequeno, mas muito bonito, um bom cartão de visita da cidade. O motorista do Riad já nos esperava na área do desembarque, pois em Marrakech os bons hotéis sempre enviam um carro para apanhar os hóspedes, rapidamente chegamos, depois de percorrer largas e belas avenidas.

Quando chegamos à Medina, funcionários do Riad (riad são antigas casas localizadas dentro das medinas, construídas ao redor de um jardim com árvores e uma fonte no meio, muitos se tornaram hotéis) nos esperavam com um carrinho de mão para levar as malas pelos labirintos, onde carro não entra, e nós seguíamos atrás, ambos desconfiados daquele lugar tão estranho e que nos causava sensações ambíguas de medo e fascinação.


Entramos por uma pequena porta e, lá dentro, nos deparamos com a atmosfera insólita do Riad Kheirredine, o nosso hotel antes da ida para o desertoProfusão de luzes e perfumes espalhavam-se pelo belo ambiente. Funcionários gentis com chávena de chá, doces e petiscos marroquinos nos aguardavam na chegada, para depois então nos conduzir à nossa suíte. Serviço primoroso e conforto total, com piscinas, spa e a gerência atenta a todos os nossos desejos e pronta a responder a qualquer pergunta. Um celular foi nos dado para ser usado se nos perdêssemos na Medina, bastaria discar que um funcionário iria nos apanhar onde estivéssemos (não foi preciso usá-lo). Tudo nota 1000!



Foram  5 dias inteiros em Marrakech, mas divididos, porque ficamos os primeiros 3 dias explorando a Medina e o Jardim Majorelledepois fomos para o deserto de Merzouga, que fica na pequena aldeia Berbere (lugar dos nômades do deserto de Saara) no deserto de Saara, e, ao voltar, ficamos mais 2 dias em Marrakech para conhecermos a parte moderna da cidade.

Ficar dentro da Medina, Patrimõnio Mundial da Unesco, foi uma experiência incrível e como dizem: “vimos a beleza do caos”. Andar pelas ruelas labirínticas deste lugar fundado em 1070, e que ainda tem monumento que data dessa época, como a Mesquita Koutoubiya, ou de outros períodos posteriores: o Palácio Bandia, o Ben Youssef Madrasa, os Túmulos Saadian, a Praça Jamaa el Fna, foi empolgante. Durante um dia inteiro tivemos  por guia o culto e muito simpático Mahomed, que nos contou a história da Medina e dos principais monumentos que lá se encontram.

A Mesquita Koutoubiya não pode ser visitada, somente os muçulmanos entram para rezar. O seu minarete é visto de qualquer  lugar, pois é o ponto mais alto. É rodeada por jardins e à noite, iluminada, é muito bonita.

Ben Youssef Madrasa  era uma faculdade islâmica, fundada no século XIV. Seus alunos eram internos, por isso havia os estóicos dormitórios, que ficavam em torno de um pátio ricamente esculpido em cedro, mármore e estuque, com esculturas somente com inscrições e padrões geométricos, como o Islã determina. Achei belíssimo esse prédio que é parte importante da história do país, foram destes lugares que saíram os fundamentalistas.

Os Túmulos Saadianos são na verdade um enorme mausoléu onde  estão enterrados 60 membros da dinastia saadiana que reinou em Marrocos entre os séculos XVI e XVII. São tão lindos que se tornaram atração turística da cidade.

O nome da praça na Medina é Jamaa el Fna,  literalmente “Assembleia dos Mortos”, porque nela se executavam os criminosos que depois ficavam expostos para servir de exemplo. Atualmente  é o ponto principal da Medina e onde se vê de tudo,  encantadores de serpentes, engolidores de espadas, acrobatas, contadores de histórias, micos dançarinos, tatuadores, artesãos e outras curiosidades. À noite, as barracas de comida típica lotam de turistas e dos próprios moradores que ficam até tarde numa animação incrível.

Os souks (o mercado marroquino) são vielas estreitas cheias de lojinhas que vendem especiarias, perfumes,  roupas, artesanato, pratas, comidas e tudo o mais que você imaginar, mas não é tudo misturado, as áreas de venda são separadas por produtos, assim tem o souk de couro, de roupa, de jóias, etc. Para nós, todas as compras acabaram sendo uma negociação divertida, porque eles dão o preço,  mas você é obrigado a dar o seu preço e nesse jogo ficam até todos, vendedores e compradores, chegarem a um acordo. Logicamente que tivemos o cuidado de marcar determinados pontos dentro dos souks, para não nos perdermos nesse labirinto.



A Medina é circundada por muralhas  do século XII que foram construídas para defender Marrakech São de barro característico de Marrocos e de cal, por isso têm a cor avermelhada, aliás cor predominante em todo o país. Na Medina encontramos construções toscas, muito simples e também verdadeiras obras de arte.

Fora da Medina fica o Jardim Majorelle, sonho de um pintor francês, Jacques Majorelle, que levou 40 anos construindo esse belo e colorido  jardim. Por entre caminhos de árvores, plantas exóticas e  lagoas de lótus, ouve-se o som das folhas e dos pássaros cantando. Mais tarde  Yves Saint Laurent, o famoso estilista francês, apaixonado por Marrocos, e seu companheiro Pierre Bergé compraram esse lugar. Atualmente pertence à Fundação Jardim Majorelle, que faz parte da Fundação Pierre Bergé – Yves Saint Laurent. As cinzas de Yves Saint Laurent foram espalhadas no jardim onde há um memorial e uma placa em homenagem ao estilista. O museu berbere, uma galeria de arte, uma loja que vende artigos da Maison YSL e um bistrô fazem parte do Marjorelle.  Passamos algumas horas nesse jardim apreciando a paz e a beleza de um dos lugares imperdíveis  em Marrakech.


No quarto dia partimos para o deserto de Merzouga, sobre essa aventura contarei tudo na próxima semana. Aguardem!

Na volta ficamos dois dias no Relais & Châteaux La Villa des Orangers, outra incrível experiência de hotel em Marrakech. Lindo, decoração requintada, serviço mais do que perfeito, restaurante divino, spa, piscina, boutique, enfim, todo o luxo e conforto para os hóspedes mais exigentes, num belo palácio riad, restaurado por artesãos de Marrakesh, segundo tradições locais, numa perfeita integração com a cultura marroquina. Vizinho à Koutoubiya e bem perto do Palácio Real e da praça Jemaa El Fna, tem uma localização excelente para se explorar a cidade.



Faltava-nos conhecer Guéliz, o bairro moderno entre a Av. Mohamed V e o Jardim Majorelle. É outra Marrakech, avenidas largascom edifícios modernos, lojas de luxo, hotéis de cadeias ocidentais, shoppings, bancos, cafés com mesas nas calçadas, como em Paris. Nas lojas não existe negociação, ou seja, pechinchar não adianta, o preço marcado na mercadoria é o preço cobrado. O interessante é que parecia a Europa, mas bastava olhar as mulheres com as djellabas ou as kaftans para saber que estávamos numa cidade muçulmana e bem tradicional, como todas as que têm Medina.


Conhecer Marrakech foi realizar um sonho, melhor ainda porque tivemos a companhia do nosso filho Raul e da nossa nora Cláudia, o que tornou a viagem muito mais divertida e inesquecível. Se estiver pensando em viajar para esse exótico destino, consulte as agências de viagem e hotéis que a Inesquecível Casamento recomenda no Guia de Fornecedores e peça um roteiro personalizado para você.

Na próxima semana contarei nossa aventura no deserto de Saara. Aguardem!

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