Veneza é uma cidade que faz parte dos sonhos de quase todos os que amam viajar. Veneza é para os apaixonados!
Durante anos ficou na minha lista de desejos até que a conheci. Foi tudo tão maravilhoso que acabei voltando anos depois.
Pode-se chegar a esta mística cidade de imensa riqueza histórica e cultural de trem, avião, navio ou carro. Na Piazzale Roma chegam os ônibus e navios de cruzeiro, para quem chega de carro há vários estacionamentos, na Estação Santa Lucia chegam os trens. Na Piazzale, na Estação Santa Lucia ou no aeroporto, pega-se um vaporetto ou uma lancha táxi para chegar à ponte do Rialto ou à praça San Marco, que são os principais destinos escolhidos pelos visitantes.
A Piazza San Marco é o centro de Veneza. A cidade é tão bela que quando Napoleão Bonaparte nela chegou, disse: “a praça é a mais primorosa sala de estar da Europa”. E continua sendo até hoje. Ao seu redor estão espalhados cafés, restaurantes, lojas e turistas, muito turistas! Nela fica a magnífica Basilica de San Marco, construída para ser o túmulo de São Marco. Em formato de cruz grega, é a terceira a ser erguida no mesmo local. Na Piazza fica também a Torre dell’ Orologio, do século XV.
Sentar no Café Florian com aquela decoração do século XVIII, bebendo champagne ao som de um violino, foi um dos mais extasiantes momentos em Veneza.
A arquitetura gótica se mostra com todo esplendor no Palazzo Ducale, Palácio dos Doges, do século IX. Foi a residência oficial dos doges, governantes de Veneza. Visitá-lo é obrigatório. Os salões distribuídos em três andares são riquíssimos. O passeio guiado termina na Ponte dos Suspiros, assim chamada porque era por lá que passavam os condenados suspirando de medo e angústia em direção à prisão.
O maior museu de Veneza é a Galeria da Accademia. Seu acervo conta com obras valiosas de mestres venezianos, entre os séculos XIII e XVIII. Nestas obras percebemos que Veneza mudou muito pouco, por isso temos sempre a sensação de estarmos em algum lugar do passado.
O Museu Ca’ D’ Oro tem uma fachada belíssima. Erguido em 1420 por um nobre para ser um palácio, a construção foi sendo modificada ao longo do tempo até que ficou abandonada. Hoje, pertence ao governo italiano e lá se encontram obras notáveis, entre elas a Vênus de Ticiano.
A excêntrica milionária americana Peggy Guggenheim era uma grande colecionadora de arte e importante mecenas do século XX. A sua coleção pessoal está no museu Peggy Guggenheim, onde era sua casa, o Palazzo Venier dei Leoni, no Grande Canal. É um dos museus mais importantes de arte moderna.
Não se pode falar de Veneza sem falar em gôndolas e gondoleiros. Concordo que é um passeio bem turístico e caro, talvez até “brega”, mas como é bonito ver as gôndolas deslizando no meio dos canais, com os gondoleiros vestindo suas blusas listradas e chapéus característicos e muitas vezes cantando ‘O sole mio … É adorável!
Murano, a um quilômetro de Veneza, é famosa pelas obras em vidro, principalmente objetos de decoração, esculturas e lustres. Fomos de barco táxi a convite de uma das fábricas, mas há vaporettos que fazem este percurso. O Museu do Vidro no Palazzo Giustinian em Veneza conta a história do vidro, mas visitar as fábricas e assistir aos artesãos trabalhando é muito mais interessante.
Burano, a sete quilômetros de Veneza de vaporetto ou barco táxi, é muito charmosa com suas casas coloridas ao longo dos canais. Há também fábricas de vidro, mas o artesanato em renda é o que mais atrai os turistas.
Aconselho ficar no mínimo três dias em Veneza para sentir a “alma” da cidade. Uma das maravilhosas lembranças que tenho foi ouvir o toc toc de alguém caminhando na rua quando acordava. Nenhum barulho de carro e nem de moto! Apenas o som de passos apressados… Foi como se eu estivesse participando de um filme de época!
Importante dica para quem for a Veneza pela primeira vez: nunca sair sem o mapa e escolher um hotel perto da Piazza San Marco, porque mesmo se perdendo pelas ruelas e becos fica fácil achar o caminho de volta ao hotel. Na nossa primeira viagem ficamos no charmoso La Fenice et des Artistes, a cinco minutos a pé da Piazza San Marco, amei o hotel.
Quando anos depois retornamos a Veneza, preferimos ficar no requintado hotel San Clemente Palace Kempinski . A localização privilegiada numa ilha privada de frente para a Praça San Marco, a tranquilidade do lugar, a beleza da construção e o serviço maravilhoso, deixaram-nos encantados com o hotel. E durante todo o tempo, uma lancha para levar à Piazza em poucos minutos fica à disposição dos hóspedes.
Há muito o que ver e visitar em Veneza. Apesar de “construída sobre bancos de lama baixos entre as águas do Adriático sujeita a marés e atingida por enchentes, ela sobrevive contra todas as probabilidades” Veneza é tida como a cidade mais romântica do mundo e, segundo o escritor Henry James, “uma visita a Veneza é o início de um eterno caso de amor”!
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