Imagine uma praia deserta de areia fina e águas translúcidas em uma baía reclusa em uma pequena ilha do Caribe repleta de vegetação nativa e exuberante. O silêncio impera, a brisa é fresca e você poderia estar sonhando. Mas você chegou, esse lugar existe e é aqui que vai se instalar por alguns dias. A cena se passa em 1493 e descreve o ambiente que recebeu Cristóvão Colombo. Encantado, o navegador espanhol identificou naquele pedaço de terra perdido no coração da América a silhueta cheia de curvas de uma mulher inocente. Batizou-a Virgem Gorda.
Séculos se passaram até que outro visionário percebesse ali um diferencial: era o ponto ideal para construir um refúgio de luxo, conceito até então raro e pouquíssimo explorado. O ano era 1953 e Laurance Rockefeller apaixonou-se perdidamente. Membro do clã de magnatas americanos, não descansou até dar forma à perfeição: um hotel onde conforto, elegância, alto padrão de serviço e natureza convivessem em total harmonia. Levou cinco anos até encontrar o terreno apropriado e mais seis para levantar a sua versão sofisticada de um pouso para dias memoráveis. Em janeiro de 1964 surgia o Little Dix Bay, um paraíso escondido no Caribe e fadado a arrebatar seus visitantes eternamente.
Já são 50 anos de hóspedes satisfeitos. É aquela mesma baía que encheu olhos e corações dos dois desbravadores citados acima e hoje acolhe novos apaixonados chegando em barcos privados do hotel vindos de Tortola, a maior ilha deste arquipélago que são as Ilhas Virgens Britânicas. De lá até aqui mal passam 20 minutos em um trajeto de visual estonteante e as primeiras mordomias a bordo. Antes já foram 50 minutos de avião desde San Juan, capital de Porto Rico para onde se voa desde Miami ou Cidade do Panamá. Aos que não temem aviões pequenos, também é possível voar de San Juan ao aeroporto de Virgem Gorda, distante apenas 5 minutos do hotel. Sim, algumas conexões nos separam deste destino idílico. Não desista. Confie em mim, pois vale cada segundo de deslocamento.
A enseada em forma de lua crescente é o ponto de partida e o cartão postal do Little Dix Bay. As 105 acomodações estão espalhadas organicamente pelo resort e parecem nascer do chão, tão integradas que estão ao ambiente. Há quartos, suítes, chalés, villas e casas de praia, todas amplas, aconchegantes, bem ventiladas e com decoração atemporal. Rodeadas por palmeiras e recantos de contemplação, oferecem privacidade e suspiros a cada hóspede. Para casais em celebração romântica, recomendo uma das Tree House Suites, ampliadas e renovadas por conta das bodas de ouro do resort. Essas casas elevadas, tal como autênticas casas na árvore, fazem parte do projeto original de Rockefeller. Cada uma tem quase 100 metros quadrados de charme e vistas de tirar o fôlego. A repaginada trouxe uma configuração de espaços mais atual, design e praticidade. Sob medida para uma semana de lua de mel.
Aliás, o programa Pure Romance é o número exato para a primeira, a segunda, a 50a viagem a dois após casados. São sete noites de estadia, uma garrafa de champagne para brindes inspirados, traslados de/para o aeroporto e presentes customizados de boas-vindas e despedida, além de uma série de mimos. Um dia de passeio a uma ilha vizinha como Anegada ou Jost Van Dyke, uma tarde de piquenique em Spring Bay, um cruzeiro privativo ao pôr do sol e uma massagem de 60 minutos para o casal no Sense Spa, suspenso em uma colina debruçada sobre aquele mar inesquecível. Permitam-se viver essa experiência, vocês merecem.
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